segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

3bBand


2010 começou já com um ar de medo do que estaria por vir, pensar em separação, mudança total de fase, não conviver mais com os mesmos todos os dias, tantas coisas novas e estranhas começaram a surgir, e aposto que na cabeça de todos nós.


A palavra que mais doeu e corroeu toda a nossa turma, sem dúvidas foi 'separação'. Desde os primeiros dias de aula já surgiam as idéias de encontros mensais, mas calma! Tínhamos um ano inteiro pela frente e que ano!! Ao passo que as dúvidas iam sendo esclarecidas e as provas feitas, íamos percebendo que o final se aproximava, passamos por dias descontraídos, outros de muita tensão e outros tantos descontraídos que apesar de muita tensão, nunca deixaram de estar presentes.


Ainda que o medo nos perseguisse por pensarmos em estarmos sozinhos em uma nova fase não tão longe, o alívio vinha acompanhando também, alívio de diversas formas, de não estudar aquela matéria que não nos agrada ou das aulas à tarde, enfim, alívio de querer passar de ano e finalmente dizer que foi sobrevivente do vestibular.


Na verdade, o terceiro ano nos reservou muitas coisas boas, fizemos o que nenhuma turma conseguiu fazer, construímos uma amizade, dividíamos de lanches à provas e o fato era unânime entre os componentes, ainda que contra, no fundo eram todos a favor e gostavam, descontraíam aqueles dias maçantes de aulas, e nisso, éramos phd's.


Em sí, a turma não seria nada se não fosse por cada um de nós, cada pessoa com pensamento diferente, uma idéia oposta e estava pronto um debate para uma decisão que, com certeza, não sairia tão rápido. Talvez, mais uma de nossas qualidades, seja indecisão. Depois de tantos dias compartilhando e convivendo, aprendemos os limites uns dos outros, aprendemos mesmo que secretamente a respeitar e gostar de cada um como ele é sem julgar ou reprimir, apenas aceitar. Já ouvirmos a seguinte frase que resolvi relembrar, para que definitivamente não esqueçamos: "tenho certeza que todos nós esperamos que esse ano tenha sido muito mais que um simples aprendizado, mas um aprendizado para a vida inteira, que lá no fundo, essas coisas que talvez não demos valor hoje, sejam essenciais para um futuro profissional brilhante."


Talves não nos encontremos todos os dias, talvez não frequentemos os mesmos lugares, mas que assim que pisarmos fora desse auditório nos lembremos de todos os bons momentos que aqui passamos, juntos e unidos como turma, porque são esses os que ficam. Que ao sairmos daqui, tenhamos consciencia de que a responsabilidade é do tamanho da liberdade e que para sermos profissionais brilhantes, basta que sejamos nós e nunca nos esqueçamos das raízes.

Que nessa nova fase, possamos entender, compreender que os amigos nunca se vão, ainda que longe, perto, ainda que ausente, presente. Que nessa fase, tenhamos espaço para nós e talvez daqui a um tempo, tenhamos espaço para as famílias e que esse ciclo nunca se feche.


Que ainda com todos os contratempos que o mundo profissional nos reserva, tenhamos sempre espaço para voltar a sermos criança e relembrar os apagadores colados no teto, os terremotos via Luiza Correia, os surf's na mesa, os casos de família, as músicas da 3B Band, enfim, tudo o que fez parte da nossa inesquecível Comunidade Hippie.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Onde?

Ela vem sofrida, como que se estivesse procurando por um espaço pra sair,

mas a abertura é tão fina, que vem pingo a pingo, gotejar no meu teclado.

Não está mais nas páginas de caderno, no bloquinho da Marilyn, ou no rodapé das provas...

Onde estás então? Porque te prendes?

Me diga onde lhe acho,

vou à procura numa sede imensa de tomar cada gota e matar minha sede!

Sede essa que me persegue todos os dias,

cada segundo tomado por uma nostalgia de não ter-te presente.

Inspiração, volte!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Escassez de letras

Gosto de sentar e escrever sem ter motivo, bem assim, com os assuntos pela metade e as frases mal ditas em um texto comprido e denso.
Gosto de não ter sobre o que falar e conseguir falar, expressar sobre o desconhecido e inimaginável, conhecer aos poucos minhas ideias e admira-las.
Gosto de ter dentro de mim um livro aberto sempre em uma página diferente, as paisagens são lindas e acredite, em breve serão verdadeiras.
Gosto de pensar sobre o futuro, imaginar as amizades, a casa, a rua e até a faculdade! Gosto de ter em mim mais sonho que realidade, fantasiar e realizar.
Quero ter sobre o que falar, não conhecer o assunto, pesquisar, olhar tela por tela, decifrar os traços de cada pintura e entender que cada cor tem seu porquê.
Quero ouvir músicas e imaginar seus compositores bem assim, sentados e escrevendo ser ter motivo, por gosto, necessidade, vontade.
Sede de inspiração num deserto tão grande de informações...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O valor de uma recordação

Me lembro bem do último carnaval, conheci uma menina que me passava uma energia muito boa, não demorou muito e criamos um vínculo, fraco, mas os assuntos corriam soltos.
Durante as trocas de informações, muitas vezes ela me passava uma idéia de sabedoria, inteligencia que condiziam bem com o estilo, cabelos pretos ondulados, um corpo um tanto quanto escultural com algumas gordurinhas mas bem destribúidas em um jeans com camiseta e all star. Confesso que sempre invejei aquela inteligência, via as pessoas à nossa volta e todos olhavam fixamente a menina interpretar, fazer piadas inteligentes e contar experiências em meio aos beijos do namorado.
Era incrível! Eu sempre quis ter tantas histórias pra contar, tantas piadas pra fazer, sempre quis entender um pouco mais de política, história e geografia, mas algo me dizia que nunca ia chegar aos pés dela. A menina ainda escrevia! Puxa! E como escrevia bem, palavras robustas, textos reflexivos, complicados à qualquer inciante, parece que as aulas de redação surtiam um efeito especial e tentador.
Além de todas essas qualidades, possuia uma inspiração sem igual.
Outro dia, reencontrei essa menina quase que realizada, seus objetivos tinham sido alcançados e estava mais bonita do que nunca, mas algo estava diferente, os olhos já não se voltavam mais pra ela, parecia tudo uma imagem feita que foi desfeita com o tempo.

A menina já não escrevia mais tão bem e a inspiração não era mais de dar inveja.
Corri pra casa e peguei meu bloquinho pra fazer as anotações do dia, quando parei pra analizar o encontro, me peguei pensando que a história e a geografia eram quase parte de mim (ok, a geografia nem tanto), as minhas piadas cada vez mais se tornavam inteligentes e todos os olhos podiam não se voltar pra mim de uma vez só, mas pouco a pouco conquistei alguns, conquistei o melhor par de olhos que eu poderia ter conquistado.
Parei de escrever no bloquinho e dei uma olhada pra ver se não tinha esquecido nada, as unicas palavras que estavam escritas eram:
Menina porque te perdestes? Não vês que ainda tens o mundo em tuas mãos? Agarre-o! Mas, por favor, ache tua inspiração, creio que sem ela, não serás nada.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Indecisão tardia


Nunca achei que eu fosse uma péssima escritora até chegar no ultimo ano da escola. Escolhi o jornalismo como estilo de vida há anos e só hoje me peguei na dúvida se terei sucesso na profissão. Meus textos não são divertidos e estão bem longe de serem bons, vejo outros blogs e parece que as palavras saem das bocas de seus autores como o sol brilha durante o dia, é tudo tão fácil, errante, gostoso que me dá desgosto de olhar pra cá e ver uma adolescente revoltada achando que está nos anos 80 e pode mudar o mundo... Coitada, longe disso!


Nunca tinha reparado que meus textos não têm tantos fundamentos assim, a maioria é sem pé nem cabeça e realmente passam a mensagem de uma menina apaixonada pela vida, mas ainda confusa... Quisera eu não ter tido dúvidas!


Agora me vejo em uma ponte, sem saber se pulo no rio ou se peço carona.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Governante desse planeta!


Talvez eu nunca tenha sido uma pessoa certamente decisa, talvez meus pensamentos andassem de um lado para o outro tentando olhar por todas as vertentes de um assunto, por menos complicado que fosse. Talvez eu seja sonhadora demais e viva imaginando um príncipe no cavalo branco com palavras doces, talvez eu seja simples demais e não tenha a mínima coragem de assumir um 'gostar de alguém'.

Pode ser um pouco de narcisismo, mas algumas frases minhas me chamam atenção pela simplicidade do momento. Eu sempre quis um amor diferente, que superasse as expectativas e durasse pra sempre, mas o pra sempre, sempre acaba. Eu sempre quis uma viagem pra ficar guardada na memória e poder contar pros meus filhos e netos, não tive só uma, tive várias, umas me perseguem com cicatrizes pelo corpo e outras, carimbos na memória. Sempre quis amigos que vivessem o dia todo junto comigo, e hoje, tenho uns 54 pelomenos.

O mundo gira tão rápido que a gente não ve os anos se passando, as pessoas indo e voltando. As folhas caem, o sol renasce, a lua cresce e mingua. Enquanto os passáros colocam seus ovos em seus ninhos quentes, uma bala entra pelo corpo de alguém. Enquanto o sol nasce e o palco é armado, alguém é arrebentado.


Queria eu ter o controle desse mundo. Será que saberia lhe dar com todos os problemas? Fome, dor, miséria, desastres ambientais,. Não... Quem me dera ter o poder de saber governar esse mundo que a cada dia que passa fica menor, as fronteiras se extinguem e mesmo que movimento de rotação e translação defina cada passagem do dia e do ano, o sol nasce pra todos, mas o inverno também chega pra todos. Pobre do homem que ainda não descobriu que a beleza de viver está em não ter medo. Sábio aquele que vai além.


Além do mar, do horizonte, do amor. Além da vida.
Eu não consigo concentrar o texto em um único assunto, esse surgiu assim, do nada. BAM!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Nina by Nina Ricci


Aquele amarelo misturado com vermelho chamou-lhe atenção, as cores vibrantes pintadas à pincel cuidadosamente mal acabadas jorravam sentimento.

Um sabor doce para repor a glicose, um perfume cítrico, cheiroso ao longe em formato de coração, machucados não lhe pertenciam, livre para rolar os gramados e confirmar a lei da gravidade com uma dor de cabeça ao pé de uma árvore.

Cada mordida uma alegria, as melhores estão no topo. Objeto de desejo e sedução com uma fala incrível aos apaixonados, comparada tantas vezes as mulheres...

Sim, estão no topo, só as melhores!

domingo, 6 de junho de 2010

Amor antigo,

"As vezes te odeio por quase um segundo,
depois te amo mais..."
Cazuza


Ainda lembro como se tivesse sido ontem, nos conhecemos de uma forma tão normal que eu quis negar, disse não por duas vezes e jamais imaginaria que se tornaria algo tão forte.
Dois meses depois estavamos nós ali, prestes a começar algo verdadeiro, os versos de Cazuza embalavam nosso romance e a cada dia que passava me alimentava dos nossos sentimentos verdadeiros e um tanto quanto exagerados. Mas e daí? Eu realmente não precisava de mais nada, bastavam que as praias depois da aula fossem com você, que os chopps as sextas feiras fossem com você e que os filmes no cinema fossem ao seu lado, bastava que as mensagens no celular fossem suas e eu estava nas nuvens.

Acabou. Entre idas e vindas, um dia a certeza do fim foi mais que concreta, e eu sabia que o muro entre nós talvez nao fosse quebrado nem por promessas feitas.
Fico pensando, tolo aquele que diz não se arrepender do que já fez, eu me arrependo. Sei que as decepções eram constantes de ambas as partes e ainda assim perdoavamos tudo, menos o respeito. Aquilo martelou durante um longo tempo, e poe longo nisso, e hoje... eu queria dizer que sinto raiva, que consigo te odiar e que não penso em você, mas seria pura mentira. Talvez essa aproximação rápida e inesperada me trouxe lembranças tão fortes que nem eu saiba exatamente o que isso significava além das noites mal durmidas.
Os sonhos me levam ao nosso passado, os casais romanticos de todos os filmes me lembram todas as coisas que dizíamos um para o outro, as músicas..
Ah! As músicas, ouço a nossa sempre antes de dormir. Sempre disse que você podia me pedir tudo, menos pra esquecer, e tenho dito.

Depois de tanta raiva e tanto ódio o amor falou mais alto, e entre meias palavras um dia soltei a um confidente que o tempo pode passar, as pessoas podem se apaixonar, mas o amor quando verdadeiro, dura. Tenha certeza disso e por favor não me faça perguntas, não me arrependo se ao ler esse texto se identificar com ele, apenas faça-o e tenha mais uma certeza, eu te amo.
Com todas as letras e vírgulas que minha gramática pode conhecer, eu te amo.

Ainda que não consiga repitir isso mais uma vez, não me obrigue a dizer, apenas entenda e quando for a hora, lhe direi sem hesitar e por enquanto fique com o melhor que eu tenho, meu amor em palavras, porque quando é verdadeiro, dura.

"...será que você ainda pensa em mim?
Será que você, ainda pensa?"
Cazuza



Quase por um segundo - Cazuza ; Outra noite que se vai - Armandinho ; Oh Lua - Armandinho ; e finalmente você.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Doce


Cinza.

Era assim que ela estava, cinza. Por mais que quisesse sentir o vento no rosto, a velocidade não era suficiente, as flores não tinham cores, parecia filme preto e branco, tudo assim, cinza. O sol aparecia, a menina tentava sorrir, mas não sabia, passava os dias inteiros sem interagir com o bom humor matinal de uma manhã ensolarada. As vezes, os filmes de comédia lhe arrancavam um som baixinho do fundo da garganta, mas um sorriso que era bom... nada.

Elogios nunca lhe eram feitos, os meninos riam quando ela passava com seu saquinho de lanche na hora do recreio, sua voz se perdia na gritaria da sala de aula, e quando deitava a cabeça no travesseiro para dormir, sonhava em ser a princesa do conto de fadas.

Nunca ninguém a olhava, mas ela conseguia observar a todos, cada detalhe, cada fio de cabelo repuxado ou um olhar mais quente. Todos os dias, a família se reunia pra jantar, contavam piadas, ouviam as novidades de cada filho e riam a beça, até a garrafa de coca-cola acabar. Em uma dessas noites, a menina não desceu pra jantar, ficou em seu quarto e sua mãe preocupada, foi levar um prato de comida e lá a menina estava, sentada na cama, só com uma luz acessa, os livros do lado e os olhos presos à tela do computador.

Realmente ele era lindo, parecia um príncipe, sem marcas no rosto, bem vestido e dava pra sentir o cheiro daquele perfume do outro lado da tela.

Sem querer interromper a menina, a mãe deixou a bandeja com a comida ainda quente em cima da mesa, olhou para o espelho que refletia a menina e percebeu, que bem de leve seus lábios não estavam mais rígidos, no cantinho esquerdo um sorriso começava a se formar, as maçãs começaram a ficar rosinhas e aquele olho sem vida, começou a brilhar.

A mãe pos a mão no peito, deu um sorriso, se sentiu aliviada e virou as costas, enquanto isso, a menina começava a ganhar cor, cores de todos os tons, seus sonhos de todas as noites estavam virando realidade. Ele era real, o carinho por ela, era real! Tudo tão real, que quando a menina acordou, começou a chorar. Não queria acordar, se olhou no espelho e continuava cinza, sem maçãs rosadas, sem brilho no olhar e sem sorriso no rosto.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Humore



Todos os dias acordamos de um jeito, ou emburrados, ou de bom humor. Tenho por experiência que o mal humor, como o nome propõe, instiga coisas ruins, vibrações negativas e para o meu maior medo, pesadelos, então vale lembrar que o bom humor é um amigo de sempre, para todas as horas. Lava alma, renova e atrai só energia positiva, vibrações boas e borboletas azuis.

Quando começo a sentir que a energia tá acabando, alguém surge como estalo, seja o motivo que for, ainda rende uma longa conversa, muitas vezes depois de anos, meses, depois de desentendimentos.

Em um desses dias de muito pensar em largar tudo e dormir a tarde toda, alguém me surpreende com uma conversa no msn, em meio a insônia e medo de pesadelos, os conselhos são ditos de ambas as partes com exemplos e carinho, e aí li umas frases que martelaram na minha cabeça, pareciam mantra, coisas que todo mundo deveria ter na porta do armário pra ler todos os dias ao acordar.

Mesmo que os sonhos sejam ruins, mesmo que o pesadelo pertube, o bom humor no dia seguinte é fundalmental. É lindo sorrir, brincar de ser feliz ou ser feliz brincando. Na mesma noite dessa conversa, mudei o título do meu alarme do celular de "Sem atrasos" para "Bom humor!". Agora quando eu acordo, leio um 'bom humor' e sigo meu dia, com o fone no ouvido e um sorriso diferente.

Fico pensando, o bom humor é tão necessário e muitas pessoas são tão secas e frias, porque? Qual cor deve ser a alma de alguém assim? E a essência? Enquanto muitos passam os dias reclamando da vida, resolvi ouvir meu conselheiro (mesmo que por uma noite) e fui dormir agradecendo por tudo que eu tenho, pela sorte que eu tenho da vida que levo e sabe de uma coisa? Não tive pesadelos, não acordei no meio da noite e no dia seguinte, tudo parecia mais fácil.



Beijos e bom humor para todos!!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Ter-te enfim

Assim como tudo fora,
tudo pode voltar.
O amor que cegou,
pode voltar a brilhar.
O que está longe,
alguém pode voltar para buscar.
O que voce deixou,
ninguém pode tirar.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Clocks




Venho tentando postar enquanto há tempo, mas o tempo é precário.


Sempre o tempo, nunca teve papel principal na minha vida e nas minhas relações, ele sempre foi coadjuvante e todas vezes que eu reparava que ele tava indo embora, sorria e nascia um novo dia. Ela sempre me disse "Cuidado, as rugas vão aparecer" eu não quis acreditar, entrava por um ouvido e saia pelo outro, os desejos sempre foram maiores que o tempo e hoje estou aqui.


Aqui em baixo, ouvindo desejos alheios serem realizados como contos de fadas, assim como os meus foram, minha alegria cresce todas as vezes que posso sentir a felicidade no sorriso de alguém, mesmo que de longe. Ela deveria saber que as rugas iriam aparecer mesmo que eu não lavasse direito o rosto todas as noites depois da maquiagem. O tempo passa, as pessoas envelhecem e deixam saudade. O tempo que sempre foi um coadjuvante em minha história, hoje toma papel principal, e as rugas? Rugas dão um toque especial, a idade me chama e eu tenho que ir, antes que o tempo passe a minha frente.


A juventude não vive o tempo, o tempo que a vive, então deixe as rugas aparecerem, seu sorriso vai ficar mais bonito, deixe que suas cores se misturem, sua alma vai ficar mais limpa, deixe que os cheiros se confundam e criará perfume melhor que o das rosas.


Apenas deixe.. Trate o tempo como coadjuvante, deixe as rugas aparecerem!







Inspiração: Clocks e Green Eyes - Coldplay

domingo, 7 de março de 2010

Auto - conhecimento

Nostalgia total, parei pra ler todos os depoimentos que já recebi nos dois (?) anos de vida do meu orkut, fora os que são inaceitáveis, não por nada, mas por simplismente expressarem mais que um simples depoimento.
Me deparei com a infantilidade que persegue cada idade, o jeito de escrever, de falar as coisas, de usar gírias, com um pouco de medo continuei lendo até que cheguei ao ponto que me fez parar pra pensar " Quantos deles estavam realmente falando a verdade? " , não que essa pergunta tenha sido a mais importante que parou na minha cabeça, até porque não duvido da sinceridade de um 'te amo' perto dos fatos e de cada fase, o que me fez parar pra pensar mesmo foi a quantidade de pessoas que eu tive do meu lado quando eu mais precisei de um carinho.
Foram inúmeros depoimentos, ligações, scraps, eu lembro até hoje, perfeitamente de cada detalhe... Todo mundo passa por momentos ruins e passei por uns tres seguidos, e depois disso, as notícias ruins não paravam de vir, mas ali, bem pertinho, coladinho comigo eu tive um apoio. Eu não precisa pedir pra ser ouvida, não precisa ligar pra desabafar, as pessoas faziam isso por mim. Por mim! Fui tão amparada e cuidada mas mesmo assim a dor demorou pra passar, por tanto tempo senti como se um pedaço de mim, ou melhor tres, tivessem sido arrancados de lá do fundo, um pedaço que fazia falta. Me protegi da melhor forma que pude, fiz loucuras, cometi erros, decepcionei, briguei, fiquei de mau humor e sem energia, senti tanta falta que gritei de dor! Me escondi. Escondi o que eu sempre tinha sido, escondi meu melhor, me protegi ao me calar frente aos outros, me escondi e fui alguém que eu nunca tinha sido, e até então, não conhecia. Menti pra mim mesma e me desvalorizei, e mesmo assim, eles continuavam ali do meu lado, já eu, sempre com as promessas de ano novo, vida nova.
Mas esse ano foi diferente. Entrei com o pé direito e já no primeiro dia do ano tomei uma atitude que achava que não teria coragem, mas fui e fiz. Viajei dois meses, conheci outas culturas e outras pessoas, conheci gente de valor, que faz porque quer e não pra faze tipo e entre todas essas pessoas, conheci a que mais me ensinou. Todo mundo tem direito a erros sem cota, mas conhecer-se, saber seus limites é tão necessário quanto fazer o que é proibido. Vivi tanta intensidade nessas férias que repus a energia perdida durante dois longos anos, repus enegia e ainda tenho uma reserva escondida pra ninguém tomar de mim. Hoje, hoje eu me conheço um pouco mais, sei meus limites, sei o que me faz bem e o que me faz mal. Entre todas as drogas que eu conheço e já ouvi falar, o conhecimento sempre foi a mais satisfatória, valores novos foram agregados, sentimentos também. Minha vida deu uma volta de cento e oitenta graus e eu confesso, nunca fui tão conhecedora de mim mesma, nunca tinha olhado pra mim e reparado o quanto eu sou bonita por dentro, o quanto eu tinha escondido da minha melhor parte, o quanto eu me amo.
Pode ser narcisismo, entenda como quiser, mas eu me amo. Resolvi deixar o meu "eu desconhecido" de lado e voltar ao meu eu verdadeiro, ao eu que eu nunca deveria ter escondido de ninguém, minha melhor parte. Eu me amo, me conheço, me entendo. Tenho minhas vontades, mas hoje, meus valores são maiores. Meu futuro, meu trabalho, minha vida.
O que não presta? Vai pro lixo, ninguém precisa de restos para ser feliz, ninguém!


Inspiração: Rafaela Marinho

quinta-feira, 4 de março de 2010

Um país de poucos

Apesar de seus mais de 500 anos, o Brasil é um país novo onde as pessoas sempre agem contra o sistema, inclusive os próprios "donos" do sistema.
É corrupção pra cá, mensalão pra lá, fraudes e tudo o que envolve dinheiro está incluída na lista de "Fazeres de um político". Essa cegueira branca que impede alguns de ve a realidade se estende por quilômetros, passando por rios, praias, florestas e a tal cegueira permanece naquele que não quer ver.
É visível a diversidade do país, nossa riqueza está contida em nossas belezas naturais, somos cercados por um mar de morros exuberantes com trilhas e vistas cobiçadas por todos os cantos do mundo, nossas praias são disputadas até o último grão de areia, nossas cachoeiras até a última gota d'água e nossas mulatas... Ah nossas mulatas, são desejadas constantemente por todos que por aqui passam ou ouvem falar.
O Brasil precisa de um verdadeiro psicólogo, porque essa constante falta de vontade de viver, faz com que os "donos do poder", sejam realmente donos.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Desabafo(2)

Quando a gente entra numa nova relação, parece que os sentimentos ficam à flor da pele, a vontade, o desejo e a saudade são tão grandes que entrar na internet as 6h da manhã não parece loucura, perto de tantas vezes que minha janela no msn sobe e desce pra ver se ele fala comigo. Mas uma coisa é preciso e preciosa; tempo. Nada nasce de um dia pro outro, as plantas são cultivadas, amadas dia após dia até que nasça o primeiro pontinho verde na terra e assim são as melhores relações, precisamos cultivá-las para que apenas bons frutos crescem, e pra isso, é muito importante rega-las.
Aprendi uma coisa necessária, não só agora nessa fase começoderomance, mas para vida toda, todas as fases; as pessoas precisam de carinho e espaço. Nossa natureza é ser carente! E não carente de não ter alguém, mas carente de precisar de atenção. Não precisa negar, eu sei que você que tá se escondendo aí atrás da cortina já precisou de um colo um dia, um cafuné numa tarde, um filme num domingo, e sei que já não teve companhia pra essas coisas, eu mesma já não tive, já bati o pé e mesmo assim não tinha ninguém ali pra dar uma forcinha. Quantas vezes já me peguei deitada no sofá fazendo cafuné em mim mesma? Quantas vezes já peguei o celular pra ligar pra alguém e pedir socorro. Quaantas vezes já exigi a presença de alguém pertinho só pra ver? E o que eu mais faço, quantas vezes já liguei só pra ouvir a voz? Ah.. Inumeras, e olha que ainda não cheguei nos 20.
Eu fico me esclarecendo minhas próprias dúvidas, eu sei que crianças são carentes e precisam de antenção e entendo melhor ainda quando dizem que as pessoas não crescem. Melhor ainda me entendo quando escrevi um texto no dia do meu aniversário de 18 anos falando que não queria crescer. Eu não quero crescer por dentro, não quero ter responsabilidade, não quero olhar pra cara dessa falta de carinho alheio tão de perto, eu sou criança ainda e preciso me alimentar.
Levo minha criança pra passear, dou carinho, faço cafuné, brinco de casinha e finjo morar sozinha. Penso em casar, em ter filhos, mas sou criança e não quero crescer. As vezes parece que essa rotina de cidade grande (leia-se: cidade-desespero) suga toda minha energia e eu fico murchinha. Muitas vezes fico sem saber o que fazer, como repor toda essa falta de energia e aí vem uma pergunta no formspring.me que me ajudou a refletir: "Quanto tempo você tem para si mesma?" e eu demorei tanto pra responder, porque não sei. Tive dois meses pra renovar as energias e achei que fosse o suficiente até as próximas férias, mas acho que não foi, acho que ainda não tiro um tempo pra mim mesma sempre. A minha criança precisa conhecer novos lugares, energias boas que somem, porque se for pra diminuir... Tô fora!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Ferrari ou humano?

Quando a alma tá lavada nada perde o controle, parece sólido, fácil. Nem sempre confiança é uma virtude, mas é a única coisa que se quebra e não constrói novamente. Diamantes são duros e difícies de quebrar, mas quando quebra, ainda valem dinheiro, mas perdem o valor sentimental, e porque a confiança é assim? É tão dificil pro ser humano confiar e quando confia, quebra a cara. As vezes eu fico me perguntando, porque vivemos 'civilizadamente' se tudo isso aqui parece mais uma selva?
Eu vejo amigos passando por cima de amigos, irmãos matando irmãos, filhos matando mães e não para sobrevivência, mas por algo 'maior', um sentimento que cresce que nem Renesme, tão rápido que machuca quem mais amamos. Já fui muito clara, nada parece fazer sentido, pessoas fazem coisas além do entendimento humano e isso me consome! Não passa pela minha cabeça matar um filho, até porque eu não tenho um, mas não passa pela minha cabeça matar minha mãe, nem fugir de casa e muito menos ir morar de baixo dos arcos da Lapa. Eu sempre quis ter super poderes, voar seria o mais gratificante, mas eu jamais nesse mundo gostaria de saber o que passa na cabeça de cada um, é medonho só de pensar em pensar em conjunto com um assassino, viver na mente de um psicopata. Minha natureza me permite coisas tão óbvias e não entendo porque esse ser que se diz tão racional não consegue ver as coisas assim, complica tudo, o caminho reto nunca é satisfatório, os quebra-molas ao invés de fazer diminuir a velocidade, faz com que acelere até que seja permitido, ou não, as curvas a beira do precipício não tem barreiras pra não te deixar cair. Calma! Pisa no freio!! Vale a pena viver à 200km/h ou à 75km/h e aproveitar a paisagem das curvas? Aposto que vc já passou por uma delas e não reparou que bem em cima do seu carro corria junto à você uma borboleta azul e preta, aposto que você não ouvir o canto do beija-flor pela manhã e muito menos o ouviu o que o pôr-do-sol tem a lhe dizer.
E aí, é tentador demais diminuir a velocidade ou prefere bater no primeiro poste?

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Arrego

Há dois anos atrás, tive o melhor carnaval da minha vida. Todos os dias de praia, banho e bloco, com as melhores companhias que eu pude ter naquele ano. Ano passado, o carnaval não foi tão aproveitado assim, os blocos eram trocados facilmente por programas à dois, o que me fez ficar tão avessa a essa época do ano que em 2010 resolvi me resguardar e dizer com todas as letras, silabas e fonêmas que eu não ia de jeito algum sair atrás de todos os blocos do leme ao leblon.
Paguei com a língua em plena sexta feira de carnaval, fui convencida a aproveitar a melhor fase do ano e por mais que tenha sido dificil me render à tentação, assim o fiz. Sem dinheiro e com companhia o carnaval vem sendo completo. Consegui aproveitar as duas coisas que queria, as praias e trilhas desconhecidas pela manhã e os blocos à tarde, tão cheios e divertidos como os de há dois anos atrás.
E cá estou, entrando no banho depois de uma manhã de cachoeiras, trilhas e mirantes (literalmente) para seguir a mais um dia de blocos e seja lá o que for, é bem vindo. Carnaval é isso, diversão a todo custo sem medo.
SEM MEDO!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Cada coisa em seu lugar

Com o armário arrumado, parece que a vida muda e tudo fica mais fácil. Em novembro, ganhei de aniversário um caderninho simples, porém significativo, andava comigo pra cima e pra baixo, as músicas saiam da boca e eram postas em papel, os versos rodavam minha cabeça e em questão de segundos, BAM! Tava pronto.
Com o armário arrumado, parece que a vida muda e tudo fica mais fácil, as roupas ficam mais visíveis para pegar, os perfumes em ordem de uso e os brincos também.
Com a vida também é assim, quando tá tudo arrumadinho, aceitar novas idéias e propostas torna-se menos cansativo e agradável, aquelas pessoas chatas e insôsas viram alegres e coloridas como flores na primavera. Os dias parecem mais ensolarados mesmo que chuvosos, e tudo fica transparente, sem dúvidas, sem medos. Confesso que em dois meses nunca aprendi tanto sobre mim, meus limites e vontades, parece que agora que tirei férias da mesmisse carioca tudo ficou mais claro e mais bonito. Permitir-se é tão necessário quanto preservar-se. Claro! Temos vontades e desejos, erramos e acertamos, seres humanos são feitos de carne e osso, julgar pra quem? Julgar quem? A justiça nem sempre tá do lado certo e vida não anda pra frente sem amor. Amor próprio.


ps: mesmo com o armário arrumado e insisto em misturar os assuntos. é incrível!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

não precisa entender.

A inspiração vem sofrida, gotinha por gotinha e toda vez que o balde enche, ele vira sozinho e eu recomeço juntando gotinha por gotinha...

Mas se eu pudesse voltar atrás e retirar todas as palavras que disse.. eu o faria sem medo e com vontade. Ainda se eu pudesse não ser tão indecisa, eu também voltaria a trás sem medo e com vontade.

sábado, 2 de janeiro de 2010

A flor mais bonita

Eu sei que o nascer do dia já não te faz sorrir como antes, que permanecer por debaixo das cobertas é mais confortante que encarar as perguntas que o mundo tem a lhe fazer. Que encarar essa saudade é mais difícil que viver os efeitos positivos de um final de tarde. Minha flor, não feche esse sorriso lindo que ilumina meu jardim. Não peço que não chores, não tranques tua alma, não te percas nessa saudade que parece mais um poço sem fundo. Não percas o brilho lindo que tens. Deixa-te livre de qualquer sofrimento, permita que vivas um pouco mais alegre e sorria pra mim novamente, deixe-me ver a flor mais bela do meu jardim novamente.
As peças do teu quebra-cabeça se encaixarão novamente, peça tempo, peça sabedoria, encare isso e por favor, sorria. Tens o sorriso mais belo, não te percas novamente, apenas, sorria.
Afasta-te dessas influências negativas e jamais esqueça que tudo passa.
Jamais esqueça de sorrir. Sorria de novo, pra mim.


*Minha Flor.................te amo.