quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Vida que chama e segue.

E parecia que o chão tinha aberto um buraco que a cada dia ia ficando mais fundo, fundo, fundo...

As cordas eram jogadas em sua direção mas nenhuma te alcançava. Não te alcançava porque você nao estava ao alcance ou nao queria ser salvo? Ouvia todos gritando seu nome e voce naquela inércia sem conseguir ao menos piscar os olhos direito.

Era tanta dor, que consumia todas as suas células. Uma hora, voce ia explodir. Os remédios não faziam efeito, e até o programa mais engraçado da televisão não lhe arrancava um meio sorriso.

Voce ouvia e ignorava, queria sentir a dor até o fim, até a última gota, última gota.

Como um sopro forte, o cabelo esvoaçou e voce ouviu uma voz, uma voz doce te chamando pra dançar, enquanto negava, chorava lembrando do que tinha lhe acontecido. A voz gritava com uma intensidade enorme ao passo que voce queria ouvir só e somente só o silêncio. Até o dia que resolveu se render e perguntou quem batia à porta e incomodava a sua dor, a voz lhe respondeu doce e num tom grave:

- Sou eu, a vida te chamando para abrir os olhos e ver como sou colorida!

domingo, 17 de julho de 2011

Indagação

E como lidar quando a saudade te pega jeito, te faz sonhar e querer esquecer tudo aquilo que dá voltar na sua cabeça fazendo-a chacoalhar de um lado pro outro cada segundo do seu dia?

E ai, sentiu um vazio intenso?

pois é...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

point

Há alguns anos eu criei o hábito de escrever no blog, um dia parei porque percebi que era exposição demais, era fácil voce terminar com seu namorado, escrever algo melancolico e todo mundo ia saber quem era o real destinatário do texto.

O problema é que escrever em papel nunca foi meu forte, ou morreria tentando até que saisse algo agradável ou desistiria na hora, como eu pretendo ocupar muito as horas dos meus dias com outros afazeres, resolvi optar por aqui.

Eu nunca soube o quão bem me fazia desabafar todas essas letrinhas nesse blog, ainda que ninguém o leia ou que todos leiam e não comentem, eu nunca tive o prazer de me sentir sufoca, escrever, e ficar aliviada. De todo, uma insônia me fez lembrar da existência de um dos meus lugares preferidos da internet, e eu nao resisti. Confesso até que esqueci a senha, mas recuperei. Ai de mim se não a tivesse recuperado.

Uma coisa eu sempre disse, nunca fui muito de falar, falo besteira, brinco, rio e as vezes falo sério brincando, mas meu forte é esse, me esconder e falar sem ninguém olhando, talvez por medo, por auto julgamento, quem sabe? Meu forte é esse.

E ainda que todos saibam o destino dos meus textos... Bom, melhor que tenha endereço certo e faça efeito, mas que faça efeito em mim. Ta aí uma experiencia pra anotar naquele caderninho da Marilyn pra não esquecer o resultado.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Gelo



E já não me importa mais o que vem a ser a opinião alheia.






O que pensam, o que falam, o que fazem, tantas vidas vazias sendo apalpadas por corações sem calor e sem cor, que a cada dia que passam procuram alguém pra juntar os cacos e formar um um que se solta e vive sozinho mais uma vez procurando alguém que o quebre, e em seguida alguém que o monte, mas nunca alguém que o conserve.






Conservar corações, muitas vezes é conservar sofrimento. Pessoas esquecem que conversar corações, pode ser conservar amor, o sofrimento a gente esquece, passa por cima, supera. O amor, não. Tá ali, adormecido e exalado como sopros fracos em cada fase da vida com uma intensidade menor que a de antes e maior que a próxima. Bem maior que a próxima.






Conservar o que? Pra quem? E porque, né? Tem gente que prefere ser gelo ao inves de derreter e sentir queimar.. Tem gente que prefere não perder a razão e continuar ali, frio, sem calor e sem cor.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Por um segundo



E por um segundo foi como se o sol tivesse voltado a brilhar, ainda que o vento lá fora seja frio e seco.






Por um segundo ler as paginas daquele livro junto ao arzinho fresco e boa companhia pareceu ser o melhor programa pra uma quarta feira cinzenta.






Por um segundo pensar que não preciso lembrar daquelas coisas, pareceu ser um bom lembrete.






Por um segundo sentir a brisa quente da inspiração voltando soou melhor do que continuar fria, gélida e dura, por dentro e por fora, como se nada penetrasse num coração que endureceu, um coração que nao vive, mas renasce todos os dias, doente e frio, quente e doce no ar desse inverno invejo o sentimento que nasce e renasce, doce e quente.






Colorido e completo, quebrado, aos pedaços, porém colorido, completo e quente. Dói reconstruir, mas só reconstrui quem vive e revive, e sonha, e vive, vive com garra, com dor e amor, com tédio e sonho, com medo e força.






Colorido, completo, quente, frio, doce, amargo, fases. Fases que vão, voltam, passam e não voltam, graças a Deus não voltam, vão e ficam, ficam lá, escondidas no fundo do baú com todos os livros e lembranças jogados por cima para nunca mais voltarem à tona.






Lembrar...

Lembranças, doces lembranças, que saudade, que dor, que amor, que vida. Vive, revive, nasce, renasce. Só assim poder dizer, eu vivi, eu senti e continuar vivendo. Morrer e continuar vivendo, doce e amargo, feliz e contente, triste só em fases que vão e não voltam.


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Vão e não voltam.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Dói

Eu não sabia que doía tanto amar, gostar, doar-se por alguém, nunca achei que o fim ia doer.

No fundo, toda aquela baboseira de guardar as boas lembranças não fazem sentido nenhum no começo, a cabeça embola, as emoções transbordam e nada faz sentido. Parece que, se não te puxaram o tapete, tiraram todo o seu chão, o coração aperta, dói, fica cheio de mágoas que parece que vc explodir. Acordar no meio da noite chorando não vai ser surpresa.

No fundo, tudo aquilo que te falaram de um amor cheio de flores, é mentira. Amar dói, amar dói tanto que esmaga, fura, perfura, amor sem dor não existe!

No fundo, bem lá no fundo, muito no fundo, ainda que a luz não exista, ainda que ela nao se prontifique e não esteja acessa, ainda que exista dor e mágoa, ainda que nada faça mais sentido, que você não veja mais graça em nada, que nem a companhia dos amigos seja o suficiente pra curar tudo isso... Ainda sim, passa.. Um dia, talvez daqui há muitos dias, meses, anos.. Quem sabe.. Passa.

No fundo, bem lá no fundo, eu digo, amar dói.