quinta-feira, 19 de maio de 2011

Por um segundo



E por um segundo foi como se o sol tivesse voltado a brilhar, ainda que o vento lá fora seja frio e seco.






Por um segundo ler as paginas daquele livro junto ao arzinho fresco e boa companhia pareceu ser o melhor programa pra uma quarta feira cinzenta.






Por um segundo pensar que não preciso lembrar daquelas coisas, pareceu ser um bom lembrete.






Por um segundo sentir a brisa quente da inspiração voltando soou melhor do que continuar fria, gélida e dura, por dentro e por fora, como se nada penetrasse num coração que endureceu, um coração que nao vive, mas renasce todos os dias, doente e frio, quente e doce no ar desse inverno invejo o sentimento que nasce e renasce, doce e quente.






Colorido e completo, quebrado, aos pedaços, porém colorido, completo e quente. Dói reconstruir, mas só reconstrui quem vive e revive, e sonha, e vive, vive com garra, com dor e amor, com tédio e sonho, com medo e força.






Colorido, completo, quente, frio, doce, amargo, fases. Fases que vão, voltam, passam e não voltam, graças a Deus não voltam, vão e ficam, ficam lá, escondidas no fundo do baú com todos os livros e lembranças jogados por cima para nunca mais voltarem à tona.






Lembrar...

Lembranças, doces lembranças, que saudade, que dor, que amor, que vida. Vive, revive, nasce, renasce. Só assim poder dizer, eu vivi, eu senti e continuar vivendo. Morrer e continuar vivendo, doce e amargo, feliz e contente, triste só em fases que vão e não voltam.


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Vão e não voltam.

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