Nostalgia total, parei pra ler todos os depoimentos que já recebi nos dois (?) anos de vida do meu orkut, fora os que são inaceitáveis, não por nada, mas por simplismente expressarem mais que um simples depoimento.
Me deparei com a infantilidade que persegue cada idade, o jeito de escrever, de falar as coisas, de usar gírias, com um pouco de medo continuei lendo até que cheguei ao ponto que me fez parar pra pensar " Quantos deles estavam realmente falando a verdade? " , não que essa pergunta tenha sido a mais importante que parou na minha cabeça, até porque não duvido da sinceridade de um 'te amo' perto dos fatos e de cada fase, o que me fez parar pra pensar mesmo foi a quantidade de pessoas que eu tive do meu lado quando eu mais precisei de um carinho.
Foram inúmeros depoimentos, ligações, scraps, eu lembro até hoje, perfeitamente de cada detalhe... Todo mundo passa por momentos ruins e passei por uns tres seguidos, e depois disso, as notícias ruins não paravam de vir, mas ali, bem pertinho, coladinho comigo eu tive um apoio. Eu não precisa pedir pra ser ouvida, não precisa ligar pra desabafar, as pessoas faziam isso por mim. Por mim! Fui tão amparada e cuidada mas mesmo assim a dor demorou pra passar, por tanto tempo senti como se um pedaço de mim, ou melhor tres, tivessem sido arrancados de lá do fundo, um pedaço que fazia falta. Me protegi da melhor forma que pude, fiz loucuras, cometi erros, decepcionei, briguei, fiquei de mau humor e sem energia, senti tanta falta que gritei de dor! Me escondi. Escondi o que eu sempre tinha sido, escondi meu melhor, me protegi ao me calar frente aos outros, me escondi e fui alguém que eu nunca tinha sido, e até então, não conhecia. Menti pra mim mesma e me desvalorizei, e mesmo assim, eles continuavam ali do meu lado, já eu, sempre com as promessas de ano novo, vida nova.
Mas esse ano foi diferente. Entrei com o pé direito e já no primeiro dia do ano tomei uma atitude que achava que não teria coragem, mas fui e fiz. Viajei dois meses, conheci outas culturas e outras pessoas, conheci gente de valor, que faz porque quer e não pra faze tipo e entre todas essas pessoas, conheci a que mais me ensinou. Todo mundo tem direito a erros sem cota, mas conhecer-se, saber seus limites é tão necessário quanto fazer o que é proibido. Vivi tanta intensidade nessas férias que repus a energia perdida durante dois longos anos, repus enegia e ainda tenho uma reserva escondida pra ninguém tomar de mim. Hoje, hoje eu me conheço um pouco mais, sei meus limites, sei o que me faz bem e o que me faz mal. Entre todas as drogas que eu conheço e já ouvi falar, o conhecimento sempre foi a mais satisfatória, valores novos foram agregados, sentimentos também. Minha vida deu uma volta de cento e oitenta graus e eu confesso, nunca fui tão conhecedora de mim mesma, nunca tinha olhado pra mim e reparado o quanto eu sou bonita por dentro, o quanto eu tinha escondido da minha melhor parte, o quanto eu me amo.
Pode ser narcisismo, entenda como quiser, mas eu me amo. Resolvi deixar o meu "eu desconhecido" de lado e voltar ao meu eu verdadeiro, ao eu que eu nunca deveria ter escondido de ninguém, minha melhor parte. Eu me amo, me conheço, me entendo. Tenho minhas vontades, mas hoje, meus valores são maiores. Meu futuro, meu trabalho, minha vida.
O que não presta? Vai pro lixo, ninguém precisa de restos para ser feliz, ninguém!
Inspiração: Rafaela Marinho
3 comentários:
Que orgulho ler esse texto! Enfim você mesma percebeu o seu valor, sem ter ninguém pra descrever, apontar, tentar te convencer! Você sabe que eu fico feliz por vc e por isso! Me lembro da festa de formatura do ano retrasado, lembra? ;-)
Também decidi que esse ano seria diferente e um primeiro passo foi assumir exatamente quem sou e tentar me transformar na pessoa melhor que eu gostaria de ser.
Bjitos!
Puxa! Minha menina cresceu. Que bom, minha filha. Crescer é igual remédio: as vezes com gosto ruim, mas sempre cura. EU E ELES LÁ DO OUTRO LADO TEMOS UM IMENSO ORGULHO DE VOCE. TE AMAMOS
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