quarta-feira, 25 de maio de 2011

Gelo



E já não me importa mais o que vem a ser a opinião alheia.






O que pensam, o que falam, o que fazem, tantas vidas vazias sendo apalpadas por corações sem calor e sem cor, que a cada dia que passam procuram alguém pra juntar os cacos e formar um um que se solta e vive sozinho mais uma vez procurando alguém que o quebre, e em seguida alguém que o monte, mas nunca alguém que o conserve.






Conservar corações, muitas vezes é conservar sofrimento. Pessoas esquecem que conversar corações, pode ser conservar amor, o sofrimento a gente esquece, passa por cima, supera. O amor, não. Tá ali, adormecido e exalado como sopros fracos em cada fase da vida com uma intensidade menor que a de antes e maior que a próxima. Bem maior que a próxima.






Conservar o que? Pra quem? E porque, né? Tem gente que prefere ser gelo ao inves de derreter e sentir queimar.. Tem gente que prefere não perder a razão e continuar ali, frio, sem calor e sem cor.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Por um segundo



E por um segundo foi como se o sol tivesse voltado a brilhar, ainda que o vento lá fora seja frio e seco.






Por um segundo ler as paginas daquele livro junto ao arzinho fresco e boa companhia pareceu ser o melhor programa pra uma quarta feira cinzenta.






Por um segundo pensar que não preciso lembrar daquelas coisas, pareceu ser um bom lembrete.






Por um segundo sentir a brisa quente da inspiração voltando soou melhor do que continuar fria, gélida e dura, por dentro e por fora, como se nada penetrasse num coração que endureceu, um coração que nao vive, mas renasce todos os dias, doente e frio, quente e doce no ar desse inverno invejo o sentimento que nasce e renasce, doce e quente.






Colorido e completo, quebrado, aos pedaços, porém colorido, completo e quente. Dói reconstruir, mas só reconstrui quem vive e revive, e sonha, e vive, vive com garra, com dor e amor, com tédio e sonho, com medo e força.






Colorido, completo, quente, frio, doce, amargo, fases. Fases que vão, voltam, passam e não voltam, graças a Deus não voltam, vão e ficam, ficam lá, escondidas no fundo do baú com todos os livros e lembranças jogados por cima para nunca mais voltarem à tona.






Lembrar...

Lembranças, doces lembranças, que saudade, que dor, que amor, que vida. Vive, revive, nasce, renasce. Só assim poder dizer, eu vivi, eu senti e continuar vivendo. Morrer e continuar vivendo, doce e amargo, feliz e contente, triste só em fases que vão e não voltam.


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Vão e não voltam.